Prisão de Suspeito Vinculado à Morte de Empresário em 2023 Revela Conexão com a Máfia do Cigarro

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Jeferson Rodrigues da Silva foi detido em Benfica sob a acusação de monitorar as potenciais vítimas da máfia do cigarro, liderada pelo bicheiro Adilsinho, informou a polícia.

Na última quarta-feira (15), as autoridades prenderam um dos suspeitos relacionados ao assassinato de um empresário no Recreio, Zona Oeste do Rio, ocorrido no ano anterior. As investigações indicam que o crime está ligado a conflitos com a máfia do cigarro.

Jeferson Rodrigues da Silva foi localizado em Benfica, na Zona Norte. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) afirmou que ele é encarregado de monitorar as potenciais vítimas da máfia do cigarro, a qual, segundo a polícia, é liderada pelo bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho.

Além disso, o ex-policial militar Rafael Dutra, também conhecido como Sem Alma, teve sua prisão decretada, mas ainda não foi encontrado.

Os mandados de prisão temporária foram emitidos no contexto do assassinato de Cristiano de Souza, ocorrido em junho do ano passado, no Recreio.

Conforme as investigações, o empresário contrariou os interesses da máfia ao vender cigarros em territórios controlados pelo grupo de Adilsinho, como Itaperuna, Campos dos Goytacazes e Três Rios.

Em tais localidades, conforme relatado pelo RJ2 em uma série de reportagens no mês anterior, a organização criminosa busca estabelecer o monopólio do comércio ilegal de cigarros. Um dos produtos explorados é a marca clandestina Gift.

Esses cigarros, contrabandeados do Paraguai para o Brasil, passaram a ser falsificados pela máfia do cigarro no Rio de Janeiro.

Segundo testemunhas, Cristiano estabeleceu uma parceria com um fabricante de cigarros de São Paulo e, além das cidades do interior do estado, estava vendendo em Juiz de Fora (MG).

De acordo com a polícia, Jeferson foi responsável por adquirir os dispositivos de rastreamento que foram instalados nos veículos de Cristiano e do policial penal Bruno Kilier, que também foi morto no Recreio dois dias após Cristiano. Bruno também estava envolvido no mercado ilegal de cigarros.

As investigações indicam que Jeferson frequentava a residência de Adilsinho, apontado como o líder da organização criminosa.

A polícia teve acesso à lista de visitantes do condomínio do bicheiro na Barra da Tijuca e identificou pelo menos nove visitas de Jeferson e do ex-PM Sem Alma ao contraventor.

De acordo com a polícia, o grupo é suspeito de envolvimento em pelo menos vinte assassinatos, tentativas de homicídio e desaparecimentos.

O RJ2 solicitou um posicionamento da defesa de Adilsinho, mas não obteve resposta. A reportagem não conseguiu entrar em contato com os demais citados.

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