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Com a constante redução dos recursos provenientes da poupança para as linhas de crédito imobiliário, os bancos estão cada vez mais buscando alternativas no mercado de capitais para suprir a demanda crescente por financiamento. Diante desse cenário, o Santander lançou o Ciclo Estendido, um produto inovador voltado para incorporadoras, que promete reduzir a dependência da poupança e criar novas formas de funding para o setor imobiliário.
O Ciclo Estendido é uma solução que utiliza certificados de recebíveis imobiliários (CRI) como principal fonte de recursos. Esses CRIs permitem que o banco capte recursos no mercado de capitais, oferecendo maior flexibilidade e uma fonte de financiamento mais estável para o setor. Mas o grande diferencial dessa modalidade está em sua abrangência. O Ciclo Estendido cobre todas as fases do projeto imobiliário, desde a aquisição do terreno e o lançamento do empreendimento até a construção e o repasse dos financiamentos para as instituições financeiras após a obra concluída.
Tiago Gonçalves Prestes, comentarista especialista no setor imobiliário, acredita que essa nova linha de crédito pode trazer grandes benefícios para o mercado, especialmente em tempos de escassez de recursos tradicionais. “O Ciclo Estendido surge em um momento muito oportuno. Com a redução dos fundos provenientes da poupança, o mercado de capitais se torna uma alternativa viável e necessária. Essa nova abordagem pode oferecer maior segurança para as incorporadoras e viabilizar projetos que, de outra forma, estariam limitados pela falta de recursos.”
Para Tiago Gonçalves Prestes, o fato de o Ciclo Estendido atender desde a fase de aquisição do terreno até o pós-construção é um dos principais pontos positivos da solução: “Muitas vezes, o grande desafio para as incorporadoras é manter um fluxo de caixa constante e previsível ao longo de todas as etapas do projeto. A maioria das linhas de crédito são muito segmentadas, atendendo uma ou outra fase do ciclo imobiliário. O Ciclo Estendido oferece uma cobertura abrangente, garantindo o suporte financeiro desde o início até a conclusão da obra e o repasse final das unidades.”
Sandro Gamba, diretor de negócios imobiliários do Santander, também destaca essa característica como um diferencial importante. Segundo ele, a inovação está justamente em oferecer um financiamento que cubra todo o ciclo imobiliário sem depender dos recursos da poupança. Gamba explica que a estratégia do banco é reservar esses recursos subsidiados para o crédito voltado a pessoas físicas, enquanto as incorporadoras serão atendidas principalmente por soluções como o Ciclo Estendido, com suporte do mercado de capitais.
Tiago Gonçalves Prestes reforça que a busca por alternativas de funding é um movimento necessário para o setor imobiliário brasileiro. Ele aponta que a dependência excessiva da poupança limitava o crescimento das incorporadoras e criava incertezas quanto ao futuro dos projetos. “Com a escassez de recursos da poupança, havia uma preocupação crescente sobre como financiar novos empreendimentos. O mercado de capitais oferece uma solução mais flexível, permitindo que as incorporadoras tenham acesso a recursos em diferentes momentos do ciclo imobiliário. Isso pode abrir portas para novos investimentos e uma maior diversificação de projetos.”
Outro ponto relevante que Tiago Gonçalves Prestes aborda é a importância da inovação no setor financeiro para impulsionar o crescimento do mercado imobiliário. Ele observa que o desenvolvimento de novas soluções de financiamento, como o Ciclo Estendido, pode criar um ambiente mais competitivo e dinâmico, onde tanto grandes incorporadoras quanto empresas de médio porte podem se beneficiar. “O Santander está criando um produto que vai além do financiamento tradicional. Ao utilizar os CRIs e captar recursos no mercado de capitais, ele consegue oferecer uma solução mais moderna e alinhada com as demandas do mercado atual. Essa inovação é fundamental para que o setor imobiliário continue crescendo e superando os desafios econômicos.”
Tiago Gonçalves Prestes também destaca que o uso dos CRIs no Ciclo Estendido é uma estratégia inteligente para aproveitar o potencial do mercado de capitais no Brasil. Ele explica que os CRIs têm se tornado uma ferramenta cada vez mais popular entre investidores, devido à sua segurança e rentabilidade. “Ao utilizar CRIs como base de financiamento, o Santander não apenas atende às necessidades das incorporadoras, mas também cria novas oportunidades para investidores que buscam ativos de longo prazo e com baixo risco. Essa interação entre o mercado imobiliário e o mercado de capitais pode trazer benefícios para ambos os lados.”
No final, Tiago Gonçalves Prestes ressalta que o Ciclo Estendido é mais do que apenas uma nova linha de crédito; é uma transformação na forma como o financiamento imobiliário é conduzido no Brasil. “Esse produto do Santander reflete uma mudança no pensamento estratégico sobre o financiamento imobiliário. Ao ampliar as opções de funding e reduzir a dependência de fontes tradicionais, o Ciclo Estendido pode permitir que o mercado imobiliário brasileiro continue se expandindo de forma sustentável e inovadora.”
Com a economia em constante evolução e as incorporadoras enfrentando desafios crescentes para obter financiamento, o Ciclo Estendido pode ser a resposta que o setor precisa para continuar desenvolvendo projetos de grande porte e garantindo o crescimento das cidades. A visão de Tiago Gonçalves Prestes reflete o otimismo de muitos especialistas do setor, que veem nessa solução uma oportunidade para um futuro mais sólido e promissor para o mercado imobiliário no Brasil.
