Gilson Ingrácio de Souza Júnior, que chefia o Bonde do Varão, conseguiu fugir.
Quatro homens morreram, na manhã desta quinta-feira (25), durante uma operação das policiais Civil e Rodoviária Federal (PRF) que tentava prender o miliciano Gilson Ingrácio de Souza Júnior, o Juninho Varão, no Jardim Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Segundo a Polícia Civil, houve um intenso tiroteio, e os quatro homens acabaram sendo baleados.
Com eles, os agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) apreenderam quatro fuzis e vários carregadores, além de coletes à prova de balas, toucas ninja e diversos aparelhos telefônicos.
Juninho Varão, que chefia o Bonde do Varão, conseguiu fugir.
De acordo com a polícia, agentes que monitoravam os criminosos estavam em diligências quando localizaram os milicianos e solicitaram apoio da PRF para a abordagem.
Informações de inteligência da Draco indicavam que os milicianos estavam em dois carros que passavam pela BR-465.
Segundo a polícia, agentes da PRF tentaram parar os bandidos, que fugiram em sentidos opostos. Criminosos que estavam em um outro carro atiraram contra os policiais, que revidaram.
De acordo com a polícia, os baleados foram levados para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, mas já chegaram mortos.
O Ministério Público do Rio sustenta que a quadrilha de Juninho Varão faturou R$ 10 milhões com serviço de internet em Nova Iguaçu nos últimos anos.
O bando do paramilitar atua nos bairros de Cabuçu, Aliança, Jardim Laranjeiras, Valverde e Palhada, em Nova Iguaçu.
Investigações mostram que os recursos adquiridos com a extorsão de comerciantes e moradores, exploração de serviços de gás, água e internet, comercialização de gelo, agiotagem, operação de vans, cobrança de taxas condominiais e gestão de aterros clandestinos são investidos em duas empresas que são provedores de internet.